Gaza: Jean-Noël Barrot denuncia as “imagens ignóbeis” dos vídeos de reféns israelitas

"As imagens são desprezíveis e insuportáveis, de reféns israelenses mantidos pelo Hamas em Gaza por 666 dias. O calvário deles deve acabar", publicou o ministro no X. "Eles devem ser libertados incondicionalmente. O Hamas deve ser desarmado e excluído da governança de Gaza", disse ele, acrescentando que "a ajuda humanitária deve fluir em massa para o território".
A divulgação, na quinta e sexta-feira, pelo Hamas e sua aliada Jihad Islâmica, de vídeos mostrando dois reféns emaciados gerou fúria em Israel e reacendeu o debate sobre a necessidade de se chegar a um acordo o mais rápido possível para libertá-los. Nessas imagens de propaganda, os dois reféns pareciam muito fracos e emaciados, em uma cena criada para traçar paralelos com a atual situação humanitária em Gaza.
Na ausência da libertação dos reféns, o chefe do Estado-Maior do Exército israelense, Eyal Zamir, alertou no sábado que os "combates continuarão inabaláveis" na Faixa de Gaza. As últimas negociações indiretas sobre o assunto entre o Hamas e Israel, em julho, fracassaram, com ambos os lados se acusando mutuamente de torpedeá-los.
Os reféns foram sequestrados em 7 de outubro de 2023, durante um ataque sem precedentes do Hamas contra Israel, que desencadeou uma guerra na Faixa de Gaza, que agora se encontra em meio a um desastre humanitário e ameaçada pela fome. Das 251 pessoas sequestradas naquele dia, 49 ainda estão detidas em Gaza, 27 das quais estão mortas, segundo o exército israelense.
O ataque de 7 de outubro resultou na morte de 1.219 pessoas do lado israelense, a maioria civis, segundo uma contagem baseada em dados oficiais. A retaliação israelense deixou pelo menos 60.332 mortos em Gaza, a maioria civis, segundo dados do Ministério da Saúde do Hamas, considerados confiáveis pela ONU.
SudOuest